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13-04-2012

Vagos: Antiga casa de nobres é Museu do Brincar a partir de amanhã


Espaço criado pela associação Arlequim é inaugurado amanhã e abre ao público na terça-feira

Já foi casa de nobres e já acomodou diversos serviços municipais, nomeadamente a Câmara. O Palacete Visconde de Valdemouro, em pleno centro de Vagos, serve agora de tecto ao Museu do Brincar (MdB), que é inaugurado amanhã e abre portas ao público na terça-feira.
O edifício de feições árabes que pertenceu ao Visconde de Valdemouro, lisboeta de nascimento mas radicado em Vagos, foi comprado pela autarquia em 1925 por setenta e sete mil e quinhentos escudos. Aí funcionaram os Paços do Concelho e, ultimamente, um arquivo municipal. Mas os 800 metros quadrados do piso térreo têm agora uma nova utilidade. Durante meses, Ana Barros, Carlos Rocha (conhecido por Jackas) e outros membros da associação Arlequim - Teatro para a Infância afadigaram-se em busca de um poiso para a sua colecção de 15 mil brinquedos e outro material relacionado com o mundo infantil. Mas foi em Vagos que encontraram o espaço ideal. Após uma exposição realizada no concelho, o município, há cerca de um ano, fez o convite. “A Câmara percebeu que o projecto tinha potencial e desafiou-nos”, relata Jackas ao Diário de Aveiro durante uma visita guiada pelo novo museu.
O MdB é o resultado de mais de 30 anos de recolha de brinquedos, livros, mobiliário, vestuário, fantoches ou fotografias ligados ao universo da criança. No total, o espólio totaliza mais de 15 mil peças - quase todas compradas graças a “muito dinheiro investido” e algumas doadas. Que só a partir de 2009 começaram a ser exibidas em mostras na região - a primeira decorreu na Casa Major Pessoa, em Aveiro, entretanto convertida em Museu da Arte Nova. Até aí sempre guardada em casas particulares, a colecção foi já apresentada em sete exposições “sempre com grande adesão”. O interesse do público reavivou o “sonho antigo” de criar um museu onde o acervo pudesse ser apreciado, conta Jackas.
As 15 mil peças - dos quatro cantos do mundo, algumas do século XIX - foram todas transferidas para o Palacete Visconde de Valdemouro. Mas em exibição estará apenas uma parte do espólio. A mostra inicial, que começou a ser montada em Novembro, contará com cerca de mil objectos - que serão renovados a cada novo ano lectivo.
O MdB não será um mero “depósito de brinquedos”, afiança Jackas, doutorado em ciências da educação. Os visitantes poderão fazer uma “exploração livre” do espaço - embora haja sempre alguém à mão a quem pedir informações - e serão convidados a manejar fantoches, a brincar, a subir a um castelo e a uma casa na árvore, a ler livros ou a pintar num quadro de ardósia… Apesar de haver algumas unidades museológicas no país dedicadas ao brinquedo, o novo espaço de Vagos “é o primeiro” em que as crianças são incentivadas a participar em actividades lúdicas e até a utilizar algumas peças da colecção.
O conceito, conta Jackas, de 49 anos, foi escolhido após visitas a museus de vários países. “É um projecto com uma forte sustentabilidade pedagógica que visa a preservação do acto de brincar, que consideramos de extrema importância para um bom desenvolvimento da criança”, explica.
O MdB tem três galerias principais a que se somam vários outros espaços para usufruto dos visitantes. Há uma biblioteca, salas para oficinas de construção de fantoches ou de brinquedos, uma loja, um auditório…
Na loja, um espaço concebido por José Agualusa, haverá à venda brinquedos e material de ‘merchandising’, como porta-chaves ou ‘pins’. O auditório, por sua vez, tem capacidade para receber variados eventos - palestras, concertos, cursos de formação… O Cineclube de Avanca é já um dos parceiros e prepara-se para organizar ciclos de cinema de animação.
Uma das originalidades foi o desafio que a Arlequim, fundada em 1978, dirigiu a artistas e amigos para que idealizassem alguns dos espaços do museu. Além do relações públicas José Agualusa, há projectos com o dedo de Helena Zália ou de Lara e Tânia Sardinha.

Festas de
aniversário

Para acolher o MdB, o Palacete Visconde de Valdemouro - que manterá a Assembleia Municipal no primeiro andar - foi requalificado pela Câmara de Vagos. Ao longo dos últimos meses, o edifício foi pintado por fora e por dentro, o soalho foi renovado, as canalizações e as instalações eléctricas foram melhoradas… O protocolo com a autarquia isentou a Arlequim de encargos com estas obras e com a utilização do espaço, cedido por tempo indeterminado. “A Câmara tem sido incansável e tem-nos dado todo o apoio”, agradece Jackas. Em contrapartida, as escolas e as instituições particulares de solidariedade social do concelho poderão usufruir de entradas gratuitas.
Os alunos do pré-escolar e dos primeiro e segundo ciclos são o público-alvo do MdB - que, mediante marcação, também pode acolher festas de aniversário. Mas o espaço foi imaginado para visitantes de todas as idades. “Até aos 120 anos”, brinca Jackas. Há mesmo algumas parcerias já estabelecidas - com o INATEL, por exemplo - que prometem conquistar muito público para Vagos.
O museu - cujo logótipo é um cão ‘basset’ desenhado por Jackas - tem outros parceiros já assegurados, nomeadamente as empresas Vodafone e Teka, que forneceram algum material.


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